Descomplicando


Marla, sempre Marla, textualizando meus pensamentos. E esse caiu perfeitamente para uma fase que eu decidi viver. Não à auto-sabotagem.

"Prometeu a si mesma: Não me caberá mais nenhum drama. Só terei esperanças e perspectivas.
Quando algo ensaiar doer, sentirei sono porque acordo cedo no dia seguinte.
Quando um amor ameaçar acabar, lavarei a louça enquanto espero a champagne gelar.
Sempre haverá essa espera por finais: De semana, de campeonatos, de novelas.
Tudo será esperança de um final eterno desse drama.

(E seguiu comendo os louros que deveria apenas colher...) "
Marla de Queiroz

21 comentários:

Anônimo disse...

É.
Quase entendo.
Não fosse a minha inépcia com esse troço de sensibilidade.

Lavar a louça enquanto gela a champangne...

Soou tão solitário pra mim...

Patrícia Muniz disse...

Sabe o que é, Anônimo? Quando a gente descomplica a vida, tudo parece menor e mais leve, inclusive esse troço de sensibilidade. A gente simplesmente nao liga tanto pra os problemas.

Pense assim: vc lava a louça enquanto espera a champangne gelar para o proximo encontro. ;)

Anônimo disse...

Descomplicar a vida.
Parece bom.
Mas não me soa tão fácil.
Se eu te pagar um sorvete, você explica isso melhor?

Anônimo disse...

Ah!
já comecei a lavar a louça...

Patrícia Muniz disse...

kkkkk
Eu sempre pensei que anônimos fossem anti-sociais. Será preconceito meu? Ou sera que vc nao é tao desconhecido assim? ;)

Vamos descomplicar: apresente-se ;)

Anônimo disse...

Putz!
Vc saca rápido.
Mulher bonita e inteligente, apesar de desejável, não é tããão comum...

mas, cedo demais pra me apresentar...

Vou tentar ser mais criativo.

O que isso tem a ver? -> (1770 - 1827)

Patrícia Muniz disse...

kkkkkkkk
ué, eu sempre achei que mulheres bonitas e inteligentes são quase sempre desejáveis...

1770 - 1827?
Bem, se nao estou enganada, voce me conhece e sabe meu apelido. Senao, eu peço mais uma dica, ou nao vou mais conseguir dormir. Adoro charadas. :D

Anônimo disse...

Mulheres bonitas e inteligentes, são mais que desejadas. São cobiçadas.
Sim, parece que vc acertou. Mas não te conheço.
Apenas vi teu sorriso e tuas pernas. Não, eu não disse isso.

Droga, o champanhe já congelou!

Patrícia Muniz disse...

Nossa! Sabe meu apelido, ja viu minhas pernas, mas nao me conhece?
Ou eu ando mostrando mais do que deveria, ou há mais metáforas nessas palavras do que eu consigo processar. :)

Sinto cheiro de amigo no ar, ou amigo de amigo. :)

Anônimo disse...

E agora, o que faço?

Fico ou fujo?

Há um grande prazer em trocar palavras com você. Gosto de suas frases.
Assim, sou tentado a não fugir mas,
para ficar, preciso me garantir. O que significa que preciso ter conteúdo (onde coloquei mesmo aquele cupom de desconto da Barsa??).

Será que tenho cacife pra isso?
Tem uma vozinha aqui dizendo o tempo todo:
"Mal se lançou no mar, e já quer pescar a mais bela sereia que encontrou..."

Enquanto lavo mais uma pilha de prato e tento descomplicar as coisas por aqui, vou aceitar a carapaça de anti-social e me aguentar no anonimato.

Na verdade, não sei quantos amigos você tem. Mas adoro metáforas e escutar um comentário aqui e ligar a outra pessoa ali, nem sempre é difícil.

Você não andou mostrando mais do que devia (que pena...), só espalhou a suavidade de seu sorriso no mesmo ar que respiro.

E eis-me aqui, entre pratos e champangne...

Patrícia Muniz disse...

Nossa, agora sou eu que tenho medo de nao ter cacife para um anônimo que usa a Barsa! Acredite, sou muito mais simples do que voce imagina. E sempre que tento adicionar mais conteudo às minhas conversas, acabo quebrando xicaras e pratos. Como voce vê, a tarefa de lavar os pratos é complicada pra mim também.

Mas eu respeito seu tempo. Lance-se ao mar, e, se quiser, volte para me contar o que descobriu. Eu sigo tentando nao quebrar mais pratos, mas minha champangne tambem está gelando.

Anônimo disse...

Estou frustrado.
Tentei seguir seu conselho de lançar-me ao mar mas algo estranho ocorreu.

Primeiro aluguei um barco que tinha o leme quebrado, acho eu. Toda vez que eu apontava o alto-mar ele virava sozinho para a ilha da fantasia multicor de teu sorriso.

Depois de horas lutando contra o fluxo incessante dessa sua correnteza dentro de mim, voltei ao cais e resolvi tentar novamente, mas, agora, de submarino.

E eis-me aqui, emergindo a cada 5 minutos com medo de afogar-me pela ausência do oxigênio de teu olhar...

Resta-me, talvez, saciar uma curiosidade que não me deixa mas em paz:

O que você quer de um homem?

Só assim saberei se posso alimentar essa sede que, desde então, sinto de tua champangne.

Patrícia Muniz disse...

Lamento, mas nao sei dizer o que quero de um homem, além do que toda mulher gostaria.
Talvez eu espere coisas diferentes de pessoas diferentes, ou talvez eu procure as mesmas coisas, mesmo que de formas diferentes.
Talvez eu prefira tudo às claras, na esperança de que as expectativas sejam visíveis, ou talvez eu prefira o encantamento das coisas que chegam devagar.

Sao muitas as possibilidades para o que eu quero, tantas quantas sao as ilhas no mar.
Uma hora voce há de aportar alguma dessas ilhas, e eu posso estar de longe, observando as embarcacoes.
Mas nao se preocupe em encontrar a ilha certa. Eu saberei qual ela é, e aportarei também.

Anônimo disse...

(Como estamos usando metáforas marinhas) tua resposta me traz à lembrança uma concha...
Está lá,
brilha,
chama a atenção,
mas... o que há dentro, não estou habilitado a saber.


E, assim, me senti um tanto intrusivo. Invasivo.


Mas, sabe Patrícia?
Há algo que quero te dizer.
Não, na verdade há algo pelo qual
eu quero te agradecer.

Hoje pelo meio do dia, quando vi que a
contagem de comentários neste post aumentou,
senti um frio na barriga e um calafrio percorreu minha espinha;
Eu me percebi um tanto atônito, um quanto eufórico e um bocado feliz.


Sorri, sozinho, e fiquei alguns minutos apenas aproveitando
aquela sensação de excitação,
gerada pela ansiedade em descobrir o que havias escrito, para mim.

Como é bom sentir isso.

Que bem você me fez...

Obrigado.
Obrigado pelo que essa ansiedade provocou em mim.



E, dito isto, vamos às medidas de ordem prática.

Farei o que falas, seguirei o teu conselho.
Içarei minhas velas e
abandonarei teu porto,
curioso, é verdade, para saber se um dia
me chamarás de volta...
Porque, se isso acontecer, saberei que algum bem
também eu fiz a ti.



"E se nossa afinidade é assim justamente porque nos conhecemos
apenas em nossa imaginação, que assim o seja, porque a realidade
não é necessária quando o coração está no comando. Não há forma,
cheiro ou voz conhecida. Há apenas sintonia."

(Roubado, delicadamente, de um post seu...)

Patrícia Muniz disse...

Tambem preciso te dizer que fiquei embriagada com cada uma das suas palavras, e que esperei ansiosa pela tua resposta, nesse nosso pequeno "jogo de esconde-esconde".
Se era isso que voce desejava ouvir (minha confissao de interesse), entao está aí. Mas nao entendo porque todo esse receio de se aproximar.

A verdade é que você ainda nao ancorou em nenhum dos portos que conheço, e eu nao poderia dizer "Vá", ou "Volte", se você nunca esteve aqui.
Eu só posso dizer "Que os bons ventos te levem", se é este o teu desejo e eu nao entendi errado (embora eu preferisse dizer "Siga para algum porto conhecido").
Talvez eu sinta saudades, mas nao se preocupe. Eu entendo e admiro o espírito livre dos velejadores.

Acho que o champagne subiu um pouco às nossas cabeças...

Vamos voltar ao tema principal deste post: descomplicar. Agora é tempo de terra firme.
Eu tambem tenho muitas perguntas para fazer. Minha curiosidade sobre voce só aumenta, e mesmo que eu tenha suspeitas, ainda assim voce é o "Anônimo".
Entao, se voce ainda estiver aí, eu te pergunto:

O que você quer de uma mulher? Ou mais especificamente, de mim?

Só assim saberei se posso lavar essa pilha de pratos que, desde então, tem colorido minha cozinha.

Anônimo disse...

Eu te darei cada resposta. Mas, não farei agora.
Estou fisicamente exausto, e isso não é uma metáfora.

Mas não seria isso que me impediria de alimentar esse nosso, alegre e sedutor, jogo de "esconde-esconde".

A causa real de não querer de responder neste minuto, é que acabo de ter um ataque de embriaguez.

Por tuas palavras...

Vou dormir agora, porque não quero perder uma noite de sonhos tão bonitos, contigo dentro de mim.

Boa noite.

Anônimo disse...

Eis-me aqui, pisando a "terra firme" com certa hesitação.

(É que nunca pensei que velejar fosse tão gostoso...)

Mas... enfim!

O receio de aproximar-me é...

Insegurança.

Mas também é prazer.
E esse prazer não me pede pressa.
Também prefiro as coisas que chegam devagar, talvez porque eu goste de saborear a vida assim mesmo, devagarzinho...

Às vezes, até acho que tenho um raciocínio um pouco rápido mas, com toda certeza, meu coração é lento. E, assim, porque apressar a água do rio, se a sua correnteza já inunda a minha alma?

Eu realmente acho que a coisa mais valiosa da vida não é tanto a chegada, mas o caminho.

Quanto à insegurança...
Vou resumir com a frase mais poética e mais bem elaborada que conseguir (ajude-me, Google!):
É que, às vezes, acho que você é muita areia pro meu caminhãozinho!

Pronto, falei!


E, quanto à última pergunta:

Certamente, terei mais a te dizer quando te encontrar...

Mas quero alguém que saiba o quanto é bom ter amigos e o quanto é bom gostar de alguém, e que uma coisa não exclui a outra. Que não fume! Que goste de carinho, prefira ver a metade do "copo meio cheio", que saiba o quanto é bom a gentileza, e que tenha sonhos, muitos sonhos (porque eu também os tenho). Que não se prive da vida pra me agradar (porque não agradaria...) e lembre-se que o que me cativou foi sua individualidade, sua maneira única e particular de pensar, de sentir, de viver. Que mude sempre ou que não mude nunca, mas que jamais o faça por premeditação.

O que quero é alguém que me critique, se for necessário, mas não me acuse. E se acusar, que me escute. E acima de tudo, que saiba que eu jamais seria capaz de trair o seu amor e a sua confiança. Jamais.
Alguém que nunca perca a sua sensibilidade, que goste de falar besteiras, jogar conversa fora de vez em quando e saiba que rir é terapêutico.

Porque assim, saberei que posso conviver em paz, cuidando de cada flor desse jardim, sem os sobressaltos que já tantas vezes arranharam a minha embarcação.

Você ainda está ai?

Patrícia Muniz disse...

Sim, estou aqui, e demorei a responder porque agora era eu que precisava me recolher, e descansar minha mente, mesmo com meu coração ansioso para expressar mil e uma sensações. Então resolvi fazer o que sempre peço em minhas orações ("... permita que minha mente não atrapalhe o raciocínio do meu coração"), e dormi, pensando em você.

e agora que o sol raiou...

Quando vi teu último recado, meu coração disparou, e depois se encheu de uma calma imensa, branca e brilhante. Parecia que você estava aqui ao meu lado, falando calmamente, e fitando intensamente meus olhos. Ou isso é apenas o meu desejo de que isso se torne realidade.

Não entendo o motivo para você achar que "sou muita areia pro seu caminhãozinho".
Tentando ser tão poética quanto você, o que te impede de fazer mais de uma viagem? ;)

Acredite, por trás das minhas metáforas, está uma mulher comum, que também tem suas inseguranças, e o medo de se atrapalhar com as palavras e de tropeçar quando estão me olhando. E, acredite novamente, eu não digo isso pra fazer charme.

Quem sabe se eu responder melhor à primeira pergunta que você me fez, você acredite que posso estar tão próxima de você quanto você queira?

Quero alguém que não faça do amor um jogo de artimanhas, que não abuse da minha confiança, que não tenha receio de pedir desculpas. E que aceite desculpas. Que me questione quando eu estiver equivocada, e que se empenhe em me mostrar isso. Que seja generoso e gentil com todos à sua volta (porque isso me cativa). Que não perca muito tempo reclamando da vida, e que reserve tempo em sua vida para ficar de bobeira. Que não seja cheio de pudores, nem desprovido de algum. Que me seduza de vez em quando, e se deixe seduzir. Que não se sinta obrigado a me acompanhar quando quiser ficar sozinho, e não se magoe quando eu quiser ficar sozinha por alguns instantes. Que não hesite em cuidar de mim quando eu estiver carente, e não se esquive dos meus carinhos quando se sentir extremamente confiante. Que não leve tudo a sério, e tenha bom humor. Que faça um carinho no meu rosto e me diga quando exagerei. Que não se negue a conhecer coisas novas, mesmo que não venha a gostar delas. Que não se incomode se eu roubar um pedaço da sua sobremesa. Que tenha seus planos individuais, mas que não sejam individualistas. Que fique comigo quando tiver vontade. E que tenha vontade.

Se o destino quiser que nos encontremos, eu não vou discutir o quanto me encaixo no perfil de mulher que você quer. Prefiro que você descubra sozinho, e me fale suas impressões, porque, como pessoa imperfeita, eu também erro de vez em quando.

Nossa, acho que falei demais de mim. Mas há muito mais sobre mim, que eu prefiro que você descubra não pelas palavras que escrevo...

E agora o que eu faço para saber mais de você? Me dê alguma pista, algo que possa te diferenciar (mesmo que por exclusão) dos demais, e que acalme um pouco essa curiosidade que tenho sobre você.
Não me deixe acusar um inocente de bagunçar minhas ideias e atrapalhar meu sono, mas também de me fazer sorrir.

E se o destino quiser, numa manhã de sol e de brisa suave, sem medo algum de me sujar de tinta, eu te ajudo a retocar a pintura da tua embarcação.

Anônimo disse...

Preciso ir ali fora, brincar um pouco com o sol...

E tomar todo o fôlego do mundo porque acabei de ficar sem nenhum...

Anônimo disse...

Precisamos conversar...
É que temos um assunto muito grave a tratar.
muito grave, mesmo.
Aliás, gravíssimo.
Sabe essa história de sobremesa?!
Num vai ser sempre não, né?

Outra coisa a esclarecer é que eu não quero que você acuse nenhum inocente, de jeito nenhum. Até porque eu morreria de inveja dele...

(Sem nenhuma metáfora) estou em êxtase...
Com uma felicidade sem medida aqui dentro, lendo e relendo o que você escreveu.
Refletindo, sentindo, me deixando levar...
Não sei descrever o que senti quando me imaginei fazendo um carinho em teu rosto...
Falando, bem perto, tantas coisas que você gerou aqui...

E, realmente, estou sem fôlego.
No fundo, não queria que esse momento acabasse. Me impulsiona, é claro, o desejo de me aproximar e poder, quem sabe, te tocar...

Por isso, então vou me revelar, mesmo sabendo que você já sabe quem sou.
E, talvez seja justamente por isso que me sinta mais confiante para fazê-lo.

Partihamos a mesma mesa, e as mesmas conversas non-sense de uma Pessoa Negra, dotada de um senso de humor fabuloso. Naquele dia, eu ri muito, mas, sinceramente, por dentro ria sem jeito. Depois, quando cheguei em casa, fiquei pensando porque estava me sentindo tão alheio, tão distante.
A tua imagem, Patrícia, que ficou colada na minha mente, era toda a explicação.
Francamente, me senti até um pouco constrangido.
Explico. É que você era um amiga do casal amigo, que estava me recebendo em sua casa, e eu ali, sentindo umas coisas tão estranhas pela outra convidada deles...

Fui cuidar da minha vida, porque, afinal, era "era muita areia pro meu caminhãozinho..."

Ai... você respondeu o meu comentário e... bem, aqui estou eu.

Isso esclarece tudo?

Ainda posso comprar as tintas?

Patrícia Muniz disse...

Nesses últimos dias temos sido personagens de um alegre e envolvente folhetim, e à medida que as mensagens chegavam, nos tornávamos mais íntimos, mais próximos. Eu quase já sentia tua respiração, e não havia um só minuto que eu não pensasse nas tuas palavras. E pensar que tudo começou displicentemente, embora eu achasse que fosse você desde a primeira mensagem. Algo me fez pensar que era você, e muitas vezes eu me segurei para não ser completamente direta e chamá-lo pelo nome. Mas também pensei que não fosse, e tive um pouco de medo dessa brincadeira me machucar.

Mas eu não poderia quebrar o encanto que nosso joguinho estava me causando (e não só a mim, porque, como você já deve imaginar, mais pessoas têm acompanhando nosso folhetim).

Você tem me seduzido a cada mensagem, e eu não posso fazer nada além de esperar que você se aproxime. Mas, por ora, não quero mais escrever o que sinto. Quero apenas sentir, e esperá-lo, ansiosa e trêmula.