Negrita foi a primeira a casar. Um casamento relâmpago. Num dia ela me pedia pra explicar como se come suchi num primeiro encontro. No outro ela marcou o casamento. A gente se assustou, claro. Nem tivemos tempo de nos preparar, comprar presentes, fazer enxoval. Aliás, nem fomos ao casamento, porque não deu tempo de avisar.Mas ficamos extasiados quando descobrimos que ela havia encontrado a tampa da sua panela. Sampson e Negra combinam muito, e nos deixam felizes.
Depois fui eu. E elas foram minhas madrinhas, claro. Todas me acompanharam em cada momento. Negra me levou pra ver os vestidos de noiva, a 40km/h na Abdias de Carvalho. Logo eu percebi que precisava perder o medo de dirigir. De fato, esta decisão foi essencial para meu casamento.
Agora Petit vai casar. Me procurou preocupadíssima porque precisava saber se eu estaria na cidade pra o casamento dela porque eu e Vander seríamos seus padrinhos e precisava de confirmação logo. Assim, sem vírgulas. Depois ligou estressadissíma porque não sabia o sobrenome de Vander. E não sabia se colocava o convite endereçado a "Sr. Vander e Família" ou a "Vander e Patrícia Alves". Eu falei: coloca "aos amigos Patrícia e Vander".Agora tá doida pra entregar os convites, mas não me acha em casa, e o casamento é no fim do mês. Imagina quando ela souber que ainda nem procurei minha roupa pra o casamento.Relaxa Petit. A gente tá aqui pra se divertir!!
Depois Garden vai casar. Também sou madrinha. Lamento muito não estar acompanhando os preparativos, porque acho que é parte mais divertida. Talvez até mais do que a festa.
E daí fico imaginando: como estaremos daqui a alguns anos? Agora somos não seis, mas dez, e logo poderemos ser mais. Como serão nossas retrospectivas anuais? Será que o tempo e a distância vai nos afastar? Será que nossos filhos serão amigos? Eu imagino o filhinho de Negrita puxando o cabelo da filhinha de Garden, e os trigêmeos de Peti correndo e gritando, juntos, estressadíssimos com a situação. Aposto que o meu filho, ocupadíssimo lendo Harry Potter, nem vai perceber.
Agora, protegam seus filhos das tias Régia e Li. Elas vão colocar idéias revolucionárias na cabeça das crianças. Não se assustem se chegarem em casa e encontrarem seu filho de 5 anos filosofando como um personagem de Manoel Carlos e marcando férias com os amigos na Bahia.
Mas o mais importante dessa história é a relação de irmãs que temos. Nós até dividimos nossas famílias.
Todos adoramos a mãe de Régia e Garden, e ela nos trata como filhas também. O pai de Petit é o melhor pai do mundo, até pra nós. E o meu pai já quis adotar Garden.
O trem bom é amigo, sô.
(copiado do antigo blog, escrito em 21 de setembro de 2006 18:14)
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