Força para Continuar

É muito chocante ver a situação do povo catarinense, mas eu não gosto de sentir de pena de alguém. Eu gosto de ver gente forte e positiva enfrentar seus problemas com o peito erguido e fé no amanhã.

Mas também sei que muitas vezes as circunstâncias são difíceis demais até para recomeçar. E são exatamente nestas circunstâncias que a solidariedade preenche o vazio que nos aplaca e nos dá forças para continuar.
Ser solidário é ser grato a Deus por tudo de bom que Ele te deu.

Eu já fiz minha contribuição em dinheiro, e faria mais se estivesse por lá. Se você também quiser ajudar, a Defesa Civil de Santa Catarina informa que há contas bancárias para receber doações. As contas são:

- Banco do Brasil
Agência: 3582-3
Conta corrente: 80.000-7

-
BESC
Agência: 068-0
Conta Corrente: 80.000-0

- Caixa Econômica
Federal
Agência: 1877
Operação 006
Conta 80.000-8

- Bradesco
Agência: 0348-4
Conta Corrente: 160.000-1

- Itaú S/A
Agência: 0289
Conta Corrente: 69971-2

O nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, e o CNPJ é 04.426.883/0001-57.

Abaixo, um belo texto que recebi agora a pouco, por email:

COMEÇAR DE NOVO

Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz

Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje

Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério

Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento

Eu tinha aversão a Judeus, e Árabes
Até darem remédios aos meus filhos

Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia

Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome

Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água

Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas

Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até que naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar

Eu não lembrava dos idosos
Até participar dos resgates

Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome

Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas

Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos

Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia

Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias

Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto

Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora

Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração

Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo

Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos

Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão

Tínhamos um rio
Agora somos parte dele

É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio

Graças a Deus
Vamos começar de novo.

Anônimo

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso eh muito triste mesmo ... se souberes de algum lugar que aceita doação em alimentos me avisa, tá?