Amor Perfeito


O que mede o tamanho de um amor?
A sua capacidade para superar dificuldades? A sensação de completude que causa? A certeza de que é perfeito?

E se alguma dificuldade for intransponível, mesmo que isso não resulte numa separação? Um amor que precisa conviver com uma dificuldade constante não se torna mais forte, porque é independente do meio que o cerca?

E se ainda existirem vazios existenciais, ou momentos de isolamento, mesmo que o amor não se ausente? Um amor que não elimina nossos questionamentos internos, mas convive com eles e até nos ajuda a entendê-los, não é mais verdadeiro que qualquer resposta a esses questionamentos?

E se algo abala a certeza de que aquele amor é perfeito? Bem, um amor que só existe mediante a perfeição não é amor, é idealização, é ilusão, é utopia. Um amor deve aceitar imperfeições não como se estas fossem verdades perpétuas, mas como oportunidades para se fortalecer. E um amor que não aceita a possibilidade de crescimento só tem uma direção a seguir: a involução.

Eu não acredito em amores perfeitos, nem desejo um para mim, porque acho que eles são orgulhosos demais para aceitarem a evolução.
Quero amores reais, palpáveis, e até defeituosos, mas que aceitem mudar para melhor, sempre que necessário.

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