Mães e filhos... e madrinhas

Sou madrinha de batismo de duas doces mocinhas e um garoto serelepe, e posso afirmar que é verdade quando dizem que madrinha é a segunda mãe.
Eu me preocupo, me encanto, faço planos e observo atentamente cada um deles, mas o que me faz "segunda mãe" é esse amor doido que tenho por eles, assim, de graça. Só lamento não ter tempo para dar mais atenção a meus afilhados. Sou uma segunda mãe amorosa, porém relapsa.

E sabem o que me deixa completamente boba? É quando alguém me diz que meus afilhados têm algum traço meu. As mães (comadres) fazem questão de reforçar as boas qualidades que seus filhos supostamente herdaram de mim. Se há defeitos, alguém está escondendo-os muito bem (as mães, as crianças, ou eu). Lá no sertão, dizem que isso é a "bênção da madrinha", que por sinal é a única coisa que anula praga de mãe, e uma das melhores formas de remover uma verruga. Adoro essas regras que as crendices populares criam.

Mas há também o outro lado da moeda, como quando uma das minhas afilhadas (de 12 anos) me repreendeu por não ter mais iniciativa com os rapazes. Me chamou de mole!!!!! E a mãe dela, como que querendo reforçar o sermão da filha, me disse toda orgulhosa:
- Ela já deu uns beijinhos num coleguinha. Pelo jeito não puxou a você.

Fiquei chocada. Pensei até que ia ficar de castigo.

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