Quem é você? Quem sou eu?

Como é o seu visual? Discreto, sexy, cult?
E a forma como você se comunica? Discreta, sexy, cult?
E seu perfil profissional? Discreto....?

Resumindo, se eu perguntar com qual rótulo você se identifica, você vai pensar por alguns segundos e responder: Ahh, depende!!
Depende da situação, depende da outra pessoa, do seu estado de ânimo, da estação do ano, e por aí vai.

Mas, e se alguém te desafiar a não seguir rótulos? A parar de tentar imitar a garota da revista, de tentar seduzir alguém com um visual ou um comportamento que não é seu, de controlar seus impulsos para não ser inadequada, e tudo o mais que fazemos porque representa o estilo que queremos adotar.
Difícil, né? Começa pela tarefa de identificar aquilo que fazemos por convenção do que fazemos por natureza.
Eu mesma não sei dizer se dou bom dia no elevador porque gosto que sorriam pra mim de manhã, ou porque quero que me achem educada.

Daí, resolvi fazer esse exercício mental, e me imaginar alheia a todas as convenções que os rótulos nos impõem, como uma pessoa que cresceu isolada da civilização, mas com o cabelo desembaraçado e noções básicas de higiene.
Imediatamente me imaginei a pessoa mais desinteressante do mundo. E é claro que eu deveria ser desinteressante! Estamos acostumados a adorar ou repudiar esteriótipos, mesmo que eles se tornem secundários com o tempo. É o sexy-appeal de alguém, é o sucesso de outro, a moda, ....

Gostaria muito de me interessar por pessoas apenas pelo que elas me acrescentam de bom, independente do rótulo que elas seguem, e me mostrar exatamente como sou, sem medo de decepcionar pela expectativa criada. E adoraria que fizessem o mesmo ao meu respeito.
Difícil, né? Como eu já disse, começa pela tarefa de identificar aquilo que nos agrada por convenção do que nos agrada por nossa própria natureza.

Imagem: http://www.flickr.com/photos/fre_natae/

Um comentário:

Nancy Lyra disse...

Já tentei me despir de rótulos e acabei por me afastar de muitas pessoas por achar que eram todos fakes. No final das contas, concluí o mesmo que ti... O que torna as pessoas interessantes é justamente o esforço que elas fazem em se tornar o que desejam. E não é diferente comigo...